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População britânica decidirá permaneceia do Reino Unido na União Europeia

Saída do bloco economico tem apoio do prefeito de Londres, Boris Johnson, e resultaria na deportação de milhares de imigrantes

Prédio histórico poderá ser destruído em Ribeirão Pires

Prefeitua quer derrubar antiga Fábrica de sal do século 19 e construir um shopping center no local

Crise econômica gera impacto no bolso dos brasileiros e afeta o valor de alimentos da cesta básica

Alimentos como Arroz, Feijão e óleo, apresentam altas expressivas no mercado brasileiro.

Esportes gratuitos para jovens são realizados em Barueri

Aulas são gratuitas e visam todos os públicos.

Paque centenário é reaberto ao público

Com mais de 2 mil espécies de animais, local chama atenção pela sua biodiversidade dentro de uma cidade grande

terça-feira, 17 de maio de 2016

Prefeitura de Ribeirão Pires quer demolir patrimônio histórico de São Paulo

Foto: Thaís Miliano

Antigo prédio de uma Fábrica de Sal do século XIX poderá vir abaixo e dar lugar a um novo Shopping Center


Um dos maiores patrimônios históricos do estado de São Paulo está no meio de uma grande batalha judicial entre a Prefeitura de Ribeirão Pires e a população do município. Uma antiga Fábrica de sal, de origem italiana, construída em 1888, poderá ser derrubada a qualquer momento, se os vereadores da câmara municipal de Ribeirão, votarem a favor do projeto de autoria da prefeitura em que o terreno do local, poderá ser cedido a iniciativa privada para construção de um shopping center na cidade.

De acordo com a administração municipal, diversos estudos foram realizados no local, e que, segundo relatórios, devido a decadência e abandono em que os prédios se encontram, a estrutura pode oferecer riscos a comunidade da região que frequente o espaço. Ainda segundo as análises feitas no terreno, o solo da área estaria totalmente contaminado por cloreto de sódio.

A ideia de transformar o local, em um espaço comercial, tem gerado inúmeras criticas dentro da cidade. Defensores de patrimônios históricos,  afirmam que a demolição do local vai apagar uma parte da história de São Paulo, e que ainda, isso seria uma forma  desonesta da prefeitura ganhar dinheiro, já que, se um contrato privado for assinado, o caixa do município terminaria bem alto, logo no último ano de administração do atual prefeito, Saulo Benevides (PMDB).


Para um dos líderes de preservação da área, o professor e sociólogo Jeferson Silva, a grande questão, "É porque fazer um shopping naquele local, já que Ribeirão Pires possui outras áreas possíveis de construção, pois o local, além de abrigar a fábrica, também abriga uma escola e uma biblioteca e que, poderão vir a ser demolidas", destaca Jeferson.

A população ainda está indecisa quanto a demolição da fábrica pra construção do shopping. Segundo a moradora do bairro vizinho  ao prédio,  Amanda Moretti, a importância da fábrica, é somente histórica:  "Se for colocar na balança, o lado econômico com certeza vai pesar mais,pois o local parece que é só um prédio sem função alguma, entretanto, eu não sei se neste momento, a cidade realmente está precisando de um shopping; Acho que existem outras prioridades no momento", relata Amanda.

Em contato com a prefeitura, a Diretora de Comunicação, Egle Munhoz, afirmou que: "Uma nova escola será construída e com uma capacidade maior de alunos; disse ainda também, que a biblioteca que existe no local, não será demolida,  e sim, absorvida, implantada, remodelada e atualizada dentro do espaço do próprio shopping, garantindo assim, mais segurança para seus frequentadores".

Ainda de acordo com Egle, seja qual for a empresa que assumir a obra, "ela terá que ter o compromisso de construir a nova escola, antes de realizar qualquer outra construção".

O Molino di Semole Fratelli Maciotta (Moinho de Trigo Irmãos Maciotta, em português) foi construído há 128 anos e foi o primeiro do gênero a vapor a atuar no estado de São Paulo.



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quinta-feira, 12 de maio de 2016

Jovens da periferia de São Paulo criam eventos culturais em Cotia


Foto: Ingrit Dutra
 Sem ajuda de órgãos públicos, grupo de jovens criou inúmeras ações culturais que têm servido de referência para diversas comunidades no Brasil


Devido à falta de iniciativa do poder público, vários jovens se reuniram em Cotia, região metropolitana do estado de São Paulo, para realizar diversas ações socioculturais e educativas, afim de levar o conhecimento e cultura para toda a população da cidade. O movimento Juventude Libre, que atua em cotia há mais de 5 anos, juntamente com o apoio do grupo Quintal do Hip-Hop, desenvolveram o projeto Sarau na Praça.

Com a participação da União dos Estudantes de Cotia (UESC), o Sarau na praça consiste em uma série de atividades culturais realizadas a céu aberto em uma praça no centro de Cotia. No evento, que acontece mensalmente, crianças, jovens e adolescentes, podem ter contato com diversas áreas da arte, da música e da leitura totalmente de graça.

Segundo um dos organizadores, o professor de sociologia, Wesllen Souza, havia uma grande necessidade de levar cultura e educação social à população, de uma forma que houvesse um maior aproveitamento e mais acesso às atividades culturais já oferecidas na cidade, além de criar uma forma original e criativa para dar espaço aos artistas que existem dentro de Cotia.

De acordo com Wesllen “O objetivo principal, é levar à toda população, além de atividades culturais, o talento e a arte de vários artistas locais, que por falta de apoio do poder público, acabam por ficar escondidos dentro da cidade. O que motivou a gente desde o início foi tentar fazer cultura na cidade, fazer com que as pessoas começassem a ter esse acesso às atividades culturais e fazer também com que elas apresentarem sua arte”, afirma ele, que ainda completa ressaltando a importância de valorizar o que a população produz. “Não é apenas receber cultura, mas também ter o espaço de produção, fomentação e a divulgação da cultura local”, encerra o professor.
 A céu aberto, no Sarau, diversos jovens e adolescentes se reúnem e realizam apresentações teatrais, recitais de poesia, performances com músicas ao vivo, e dá oportunidade para os próprios espectadores participarem das apresentações, sempre pensando em atividades e apresentações interativas.

Além das atrações culturais, tem também o momento da Roda de Debate, que antecede o início do Sarau, onde abre-se um espaço para a população discutir os principais problemas sociais do município e do estado, como a violência contra a mulher, por exemplo.


 Praça no centro de Cotia/ Foto: Ingrit Dutra/


Dificuldades

Um dos obstáculos que grupos como esse enfrentam em realizar algum tipo evento, como o Sarau, é não possuir muitos colaboradores, pois essas apresentações muita vezes exigem uma infra-estrutura que eles não têm condições de bancar, já que, não possuem nenhuma verba. Entretanto, isso não os impedem de envolver o público, sendo o número de expectadores cada vez maior e participativo.

Para a estudante Alicia Souza, 18, que participa dos eventos há cinco anos, se não fossem os movimentos e as entidades sociais da região, não haveria projeto algum em Cotia. “Tem o Fórum de Luta de Cotia, a Juventude Libre, e a UESC que também é uma iniciativa popular, porque a entidade estudantil que a gente tem, é vinculada com o governo, e eles não fazem nada, se a gente não fizer, ninguém vai fazer”, ressalta Alicia.

O Sarau na Praça realizou sua primeira edição em janeiro deste ano, com a intenção de fazer uso de espaços públicos que não são muito utilizados, como a Praça da Matriz, onde ele acontece sempre no último sábado de cada mês, localizada no centro da cidade.

Para mais informações, basta acessar a página oficial da União dos Estudantes de Cotia. Acesse: Facebook.com/ UESC-Cotia 

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Carapicuíba tem espaço para cursos gratuitos de artes


Foto: Sophia Bassi
Proporcionando cursos gratuitos de artes em geral para moradores da cidade de Carapicuíba e outras regiões, a Abenaf é uma das ONG’s que mais ajuda na inclusão social. Fundada em 2002, ela possui como cursos teatro, danças como street break e ventre, fotografia, audiovisual e jornalismo. As aulas são realizadas aos sábados de manhã na FIEB de Carapicuíba e na Escola Estadual Toufic Joulian.

Sob a administração do jornalista Joel Miranda, os professores trabalham voluntariamente e ajudam com o necessário. “A ideia da Abenaf surgiu quando eu frequentava o Sesc de São Paulo”, disse Joel Miranda, fundador da ONG. “Eu pensei ‘vou criar uma ONG voltada a cultura’. Então, uni voluntários e tivemos auxílio federal por três anos e multiplicamos no decorrer do tempo. Percebi que a Abenaf e pessoas de bom coração podem ajudar outras pessoas”.


Quanto a questão financeira, os voluntários se unem para que a ideia da Abenaf continue por muito tempo ainda. “Inicialmente, fazemos eventos para arrecadar fundos”, afirma Joel. A inscrição é de R$ 20,00 para custear, mas não é obrigatório. Se a pessoa disser que não tem condições, nos entendemos. Só cobramos de quem realmente vai fazer [os cursos]. O que arrecadamos, compramos equipamentos. Ainda vamos montar uma biblioteca”.

Foto: Sophia Bassi

Os professores procuram se dedicarem ao máximo ao ensinar seus alunos e que eles possam tirar o maior proveito das aulas, como afirma o professor de teatro e irmão de Joel, Josimar Miranda, formado na Escola de Artes Macunaíma. “Nosso objetivo é transformar pessoas. Que elas possam se auto avaliarem e se enxergarem, despertando nelas transformação. O teatro ajuda elas a saírem da zona de conforto e se tornarem críticas. Eu me preocupo com o individual de cada um. Cada um vem com um bloqueio e uma história diferente”. Estas aulas artísticas, mesmo sendo gratuitas, possuem a mesma didática de aulas particulares, porém sem que o foco seja em profissionalizar. 


Já a professora de dança Francis Rosa se preocupa com o físico que os alunos terão ao longo das aulas. “O intuito é ir além do condicionamento físico. É tirar o medo, desafiar os movimentos e levar para a vida deles autoconfiança”, afirma ela. “Tenho como cuidado de acordo com o perfil do grupo. Se é um grupo mais velho há um tipo de cuidado; se for criança, é preciso ter mais paciência”.

Para os alunos Jardel Ferreira dos Anjos Lima, de 19 anos e Dayeny Gomes Calheiros, de 22 anos, que já estão na Abenaf há cinco anos, já foram alunos de teatro e agora cursam dança, a ONG teve muita importância em suas vidas. “A Abenaf mudou tantas coisas em minha vida. Mudou no sentido de olhar a arte de outra forma e as pessoas que convivem comigo”, disse Jardel. “E também é algo que eu queria para minha vida, que é praticar dança profissionalmente. Graças a Abenaf, faço curso técnico de dança”.
“Eu praticava ballet quando era pequena e voltei a fazer. A Abenaf mudou minha vida completamente. Eu era uma pessoa totalmente introvertida, muda. E, com o tempo, as pessoas me ajudaram a me desenvolver”, disse Dayeny.

Para que haja mais alunos interessados nos cursos, a Abenaf realiza um sarau todo o fim de ano no Quintal Cultural, em Carapicuíba. Neste ano, o evento será realizado dia 14 de novembro e a entrada custa R$ 5,00.

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sábado, 7 de maio de 2016

Barueri disponibiliza esportes gratuitos para jovens


Foto: Sophia Bassi

Barueri é uma das cidades paulistanas que mais desenvolvem cultura para os moradores. No Estádio Poliesportivo José Corrêa, há dezoito modalidades esportivas gratuitas para os alunos, entre elas, o baseball e o judô. O projeto foi criado pelo Grêmio Recreativo Barueri- ou GRB- em 1990, e uniu-se aos ginásios espalhados por vários bairros da cidade.
Dirigidas pelo professor Diogo Egawa, formado em Educação Física na FMU, os únicos equipamentos são as luvas, os tacos e as bolas. “As aulas são ministradas para crianças de sete a quinze anos. Nós funcionamos em alguns lugares. O objetivo do curso é aprender o funcional”, disse o professor Diogo. “Não passamos exercícios, apenas o jogo em si. Ensinamos como é feito, como arremessar e bater”.
Os esportes realizados não apenas focam no físico dos alunos, mas também em tirar os jovens das ruas. Para que isso funcione, as aulas ocorrem depois do horário de escola. “A importância do esporte em Barueri é nossa realidade. Tiramos eles das ruas, proporcionamos a eles alguns ensinamentos, como, principalmente, educação, disciplina, valorização dos materiais e dos pais e amigos e criar esse vínculo maior de amizades”, afirma Diogo.

Nas aulas de judô, os alunos aprendem os princípios que o esporte proporciona, que são disciplina, respeito e controle emocional. “O judô é para todos os níveis de idade. Trabalhamos com crianças desde os seis anos de idade e não possuímos limite de idade para praticantes”, afirma o professor Everton Ribeiro Pereira, formado pela Uniban. “Trabalhamos a questão básica do esporte, histórica e com o passar do tempo, você é avaliado e vai progredindo dentro da modalidade. Esse esporte ajuda muito na parte de concentração e trabalhamos muito na questão da disciplina, do respeito da organização, por ser um esporte de origem japonesa. Em uma sociedade que temos um pouco de carência disso, são ferramentas muito importantes, não somente nestas coisas, mas também quanto ao caráter do jovem de maneira geral”.

Foto: Sophia Bassi
Para o gestor Adão Rodrigues, tirar os jovens das ruas é o princípio. “Na prática esportiva, o objetivo é tirar crianças da rua, evitar que se envolvam com drogas e formar cidadãos. 

Os professores acompanham o aluno, para saber se ele está estudando, procura ter contato com os pais”, afirmou o gestor. “O GRB queria passar esportes de forma estruturada e amadora. Foi quando os esportes foram surgindo e os parceiros tornaram o projeto sério, para ter fonte de renda. 

Hoje, temos 8.000 crianças e adolescentes. O GRB não possui uma área própria, é tudo autorizado pela prefeitura, que é nosso parceiro anual”. Adão também afirma que a diferença na cultura esportiva de outras cidades e com a de Barueri é a preocupação que há para com os jovens, principalmente, havendo modalidades esportivas que poderiam ser somente realizadas de forma particular, o que não é acessível a todos.


Para inscrições, interessados devem entrar em contato pela secretaria do Ginário José Corrêa, pelo telefone (11) 4199-1700.

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